segunda-feira, 23 de março de 2020

Ama-me



Ama-me,
Como se o amanhã não existisse
Como se o amanhã fosse uma miragem
Como se o amanhã fosse a nossa margem.


Ama-me,
Num abraço fundido
Entre o céu e o mar
Naquele beijo prometido
Embriagados ao luar,
Amarrados,
Tu o cais, eu o barco,
Tu a estrela,
        eu o astrolábio.

Ama-me,
O amor cego da paixão
Os dois num só corpo,
         alma,
Na molhada areia, multidão,
no quente chão, embrenhados,

Ama-me,
Sem cobrança do retorno,
Porque o retorno que desejo,
É o calor do teu abraço,
É o calor do teu sangue,
       o calor do teu fogoso beijo.


- Jorge Miguel Ortolá -

Sem comentários:

Enviar um comentário

Utopia

Que utopia a minha, querer o Mundo , Pedir-te uma quimera, quem dera, Um beijo de sereia, que encandeia, O abraço eterno, profundo. ...