Ama-me,
Como se o amanhã não existisse
Como se o amanhã fosse uma miragem
Como se o amanhã fosse a nossa margem.
Ama-me,
Num abraço fundido
Entre o céu e o mar
Naquele beijo prometido
Embriagados ao luar,
Amarrados,
Tu o cais, eu o barco,
Tu a estrela,
eu o astrolábio.
Ama-me,
O amor cego da paixão
Os dois num só corpo,
alma,
Na molhada areia, multidão,
no quente chão, embrenhados,
Ama-me,
Sem cobrança do retorno,
Porque o retorno que desejo,
É o calor do teu abraço,
É o calor do teu sangue,
o calor do teu fogoso beijo.
- Jorge Miguel Ortolá -
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