e um escritor não sei se sou,
Nesta minha voz rouca, cansada,
De boémio trovador,
saem palavras rimadas,
Cores de emoções,
Versos sem métrica, perfeitos,
São poemas, o que escrevo,
Ou devaneios enlouquecidos!
Frases soltas, perdidas,
Momentos que tento, bonitos.
Pode ser a madrugada,
Ruas perdidas na escuridão,
Passos amorfos que não se escutam
Garrafas vazias, já esquecidas
Luvas rotas, estendidas,
Que tentam do frio cobrir a mão.
A caneta cansada
Velha companheira,
Sobre a mesa repousa,
e eu, embriagado,
de copo vazio adormeço
com o olhar perdido, embargado,
A mão na algibeira,
O corpo, no osso,
Sentado na cadeira!
- Jorge Ortolá -
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