Já cai neve na montanha
Meio século depois de vir
E com nostalgia já lembra
A criança a sorrir.
Os lagos que secaram
No crepúsculo da alvorada
Num olhar perdido e triste
De não ter conseguido fazer nada.
Lagos mágicos, fonte nobre
Que na finda tarde voltaram
Quando dos céus, as chuvas fortes
Uma nova vida, anunciaram.
E na maré cristalina
Uma luta determinada e forte
Dois corpos remam
No sentido, sul para norte.
E a neve que cai, enfim,
Plena de paixão e saber
Singela e pura, assim,
A que podemos oferecer!
- Jorge Ortolá -
Sem comentários:
Enviar um comentário